VERBO
Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros processos:
ação (correr);
estado (ficar);
fenômeno (chover);
ocorrência (nascer);
desejo (querer).
O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus possíveis
significados. Observe que palavras como corrida, chuva e nascimento têm
conteúdo muito próximo ao de alguns verbos mencionados acima; não apresentam,
porém, todas as possibilidades de flexão que esses verbos possuem.
Estrutura das Formas Verbais
Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode apresentar os
seguintes elementos:
a) Radical: é a parte invariável, que expressa o
significado essencial do verbo.
Por exemplo:
fal-ei; fal-ava; fal-am.
(radical fal-)
b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a conjugação a
que pertence o verbo.
Por exemplo:
fala-r
São três as conjugações:
1ª - Vogal Temática - A - (falar)
2ª - Vogal Temática - E - (vender)
3ª - Vogal Temática - I - (partir)
c) Desinência modo-temporal: é o elemento que
designa o tempo e o modo do verbo.
Por
exemplo:
|
|
falávamos
( indica o pretérito imperfeito do indicativo.)
|
|
falasse (
indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.)
|
d) Desinência número-pessoal: é o elemento que
designa a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou plural).
Por
exemplo:
|
|
falamos (indica
a 1ª pessoa do plural.)
|
|
falavam (indica
a 3ª pessoa do plural.)
|
Observação: o verbo
pôr, assim como seus derivados ( compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª
Modos Verbais
Dá-se o nome de modo às várias
formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato. Em Português, existem três
modos:
Indicativo - indica uma
certeza, uma realidade. Por exemplo: Eu sempre estudo.
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por exemplo: Talvez eu estude amanhã.
Imperativo - indica uma ordem, um pedido. Por exemplo: Estuda agora, menino.
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por exemplo: Talvez eu estude amanhã.
Imperativo - indica uma ordem, um pedido. Por exemplo: Estuda agora, menino.
Formas Nominais
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda
formas que podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo, advérbio),
sendo por isso denominadas formas nominais. Observe:
a) Infinitivo Impessoal: exprime a
significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de
substantivo.
Por exemplo:
Viver é lutar. (=
vida é luta)
É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no
presente (forma simples) ou no passado (forma composta).
Por exemplo:
É preciso ler este
livro.
Era preciso ter lido este livro.
Era preciso ter lido este livro.
b) Infinitivo Pessoal: é o infinitivo
relacionado às três pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais,
flexiona-se da seguinte maneira:
2ª pessoa do singular: Radical + ES
|
Ex.: teres(tu)
|
1ª pessoa do plural: Radical + MOS
|
Ex.: termos (nós)
|
2ª pessoa do plural: Radical + DES
|
Ex.: terdes (vós)
|
3ª pessoa do plural: Radical + EM
|
Ex.: terem (eles)
|
Por exemplo:
Foste elogiado por teres alcançado
uma boa colocação.
c) Gerúndio: o gerúndio pode
funcionar como adjetivo ou advérbio.
Por exemplo:
Saindo de casa,
encontrei alguns amigos. (função de advérbio)
Nas ruas, havia crianças vendendo doces.
(função adjetivo)
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em
curso; na forma composta, uma ação concluída.
Por exemplo:
Trabalhando, aprenderás o valor
do dinheiro.
Tendo trabalhado, aprendeu o valor do
dinheiro.
d) Particípio: quando não é
empregado na formação dos tempos compostos, o particípio indica geralmente
o resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau.
Por exemplo:
Terminados os exames, os
candidatos saíram.
Quando o particípio exprime somente estado, sem
nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo (adjetivo
verbal).
Por exemplo:
Ela foi a aluna escolhida para
representar a escola.
Vozes do Verbo
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação. São três as vozes verbais:
a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo.
Por exemplo:
b) Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo.
Por exemplo:
c) Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação.
Por exemplo:
O menino feriu-se.
Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade.
Por exemplo:
Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Formação da Voz Passiva
A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético.
1- Voz Passiva Analítica
Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do verbo principal.
Por exemplo:
A escola será pintada.
Obs. : o agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a preposição de.
Por exemplo:
A casa ficou cercada de soldados.
- Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja explícito na frase.
Por exemplo:
A exposição será aberta amanhã.
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), pois o particípio é invariável. Observe a transformação das frases seguintes:
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. Observe a transformação da frase seguinte:
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)
Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva analítica com outros verbos que podem eventualmente funcionar como auxiliares.
Por exemplo:
2- Voz Passiva Sintética
A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE.
Por exemplo:
Destruiu-se o velho prédio da escola.
Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva sintética.
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