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terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

ELEMENTOS DA NARRATIVA

 

Elementos da narrativa: quais são e como usar na prática?

A narração é um dos gêneros textuais. É o ato de contar histórias, que podem ser reais ou fictícias. E para que ela faça sentido, é importante ter alguns componentes, que criam o contexto, fazem a ligação entre cada evento e detalham os acontecimentos. Mas você saberia dizer quais são os elementos da narrativa?


Temos:

  • enredo;
  • espaço;
  • tempo;
  • narrador;
  • personagens.

Enredo

O enredo é o que constrói a história em si. É o conteúdo transmitido por meio das palavras, no caso da redação. Mas, não necessariamente, ele se dá apenas pela forma escrita. Filmes e peças de teatro, por exemplo, também contam uma história e, por isso, têm enredo.

Pode ser criado de maneira linear ou não linear — veremos mais detalhes quando falarmos do tempo. Em seu núcleo, geralmente há um conflito, em torno do qual toda a história gira. Ele determina o nível de tensão, podendo ir para o drama, a comédia, o suspense etc.

A forma mais comum de criar o enredo é apresentando os personagens e o problema. A história se inicia e, depois, haverá as tentativas de resolução da situação, até chegarmos ao desfecho. Além do mais, pode haver diálogos, ou não.

Vamos a um exemplo, com um pequeno trecho? “Peter Parker realizava suas pesquisas habituais no laboratório da escola. Por descuido, deixou cair um dos potes expostos na prateleira. Com cuidado, juntou os vidros estilhaçados, sem perceber que, de dentro dele, escapara um estranho inseto. Foi quando, de repente, sentiu uma picada […]”.

Bem, esse é apenas o começo de um enredo. Claro que depois virá a sequência de toda a história, até que ela chegue ao fim.

Espaço

O espaço é o local no qual a narrativa se desenvolve. Pode ser real, ou apenas psicológico.

O real se trata de um ambiente, geralmente, conhecido pela maioria dos leitores. Alguns exemplos são: praia, campo, bar, clube, casa, hospital, bairro. No caso do trecho acima, a história se inicia dentro de um laboratório da escola. Ainda, dependendo do estilo do escritor, esse ambiente pode, ou não, ser melhor detalhado — o que não aconteceu no exemplo dado.

O espaço psicológico acontece na imaginação, na mente de um personagem. Nesse caso, é muito comum haver exposição de sentimentos, pensamentos, emoções, o que tende a deixar o texto com um ar mais intimista.

Tempo

É o período em que a história se passa. Pode ser linear: de maneira direta, seguindo os acontecimentos dos fatos, de acordo com a leitura. Mas também não linear: de trás para frente, partindo do desfecho para o princípio. Além do mais, o escritor pode fazer a narrativa no passado, presente ou futuro, sendo possível escolher apenas um desses tempos, ou mesmo misturá-los.

No exemplo adotado acima, os acontecimentos são lineares, já que têm uma ordem direta.

É importante que você tenha em mente, também, que os elementos espaço e tempo, juntos, auxiliam o leitor a entender o contexto da história.

Narrador

Um dos elementos da narrativa mais significativos é o narrador. É ele quem conduz o enredo, tornando-o interessante, e dá voz aos personagens. Existem vários tipos de narradores e cada um constrói o texto de forma diferente.

Narrador personagem

Ele participa da história, contando-a em 1ª pessoa, do singular ou do plural. Assim, você encontrará o “eu” ou “nós”, durante a leitura. Textos desse modelo costumam ser bem atrativos, pois aproximam o leitor das emoções vivenciadas.

Narrador observador

Esse narrador não participa da história. É como se ele a narrasse a partir de uma observação ou do conhecimento dos fatos. Você encontrará o “ele, ela, eles, elas”, pois a escrita é em 3ª pessoa do singular ou plural.

Narrador onisciente

O narrador onisciente também conta a história a partir de uma perspectiva de fora dela. No entanto, ele conhece intimamente cada personagem. Fala sobre seus pensamentos e sentimentos. É uma das formas mais comuns, sendo bastante encontrada em romances.

Existem modelos diferentes do narrador onisciente. Um deles é chamado de “intruso”. Ele interrompe a narração e insere alguma observação ou opinião sobre o contexto ou o personagem. Esse estilo é muito frequente nas obras de Machado de Assis, como no trecho seguinte, de Quincas Borba:

“Queria (eu) dizer aqui o fim de Quincas Borba, que adoeceu (ele), fugiu desvairado em busca do dono, e amanheceu morto na rua, três dias depois”.

Personagens

Personagens são a magia da história. É possível construí-los, dando-lhes personalidade, qualidades e defeitos. Muitas vezes, o leitor se apaixona mais por eles do que pelo enredo, portanto é a parte na qual alguns escritores mais capricham. Os personagens podem ser principais e secundários.

Personagem principal

O principal é o mais importante, pois toda a narração gira em torno dele. Na maioria das vezes, é o primeiro a ser apresentado. Os outros entram, de acordo com o caminhar do enredo. Podemos ter um ou vários principais. Eles, ainda, podem ser divididos em protagonistas (os bonzinhos) e antagonistas (os vilões). Em Vingadores, por exemplo, temos Homem de Ferro, Thor e Hulk como exemplos de protagonistas, e Loki e Thanos como antagonistas.

Personagem secundário

Personagens secundários também são importantes, apesar de não serem o destaque. Eles surgem em determinados contextos, interagindo com os personagens principais. Em Harry Potter, por exemplo, apesar de os tios e primo do bruxo aparecerem em várias partes da história, são considerados secundários.

Bem, esses são os elementos da narrativa que todo estudante deve conhecer. Você precisará dessa compreensão, durante os estudos, na resolução de questões dos simulados e no treino das redações.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

O QUE É TEXTO?

 Texto é uma manifestação da linguagem, uma mensagem usada para transmitir informação de um autor para um leitor.

Um texto é uma manifestação da linguagem. Pode ser definido como tudo aquilo que é dito por um emissor e interpretado por um receptor. Dessa forma, tudo que é interpretável é um texto. Outra forma de conceituação é pensar que tudo aquilo que produz um sentido completo, que seja uma mensagem compreensível, é um texto.


Texto e contexto

Enquanto uma manifestação linguística, o texto é produzido em um dado espaço e momento. Cenário e tempo compõem o que se chama de contexto. Além disso, são considerados informações contextuais: quem fala o texto; quem o escuta; quais são as ideologiasética e moral do instante da produção e execução textuais, entre outros elementos. Para interpretar um texto, é fundamental levar em consideração tais informações vinculadas ao contexto.

·         Verbaisvalem-se de palavras;

·         Não verbais: não se valem de nenhuma palavra, apenas de imagens;

·         Mistos: valem-se de imagens e palavras.

Para saber mais sobre isso, leia o texto: Linguagem verbal e não verbal.

Veja também: Charge - tipo textual misto ou não verbal


Leitura, compreensão e interpretação

Para que um texto, de fato, exista, é necessário que ele seja lido por alguém. O processo de leitura, entretanto, não é simples. Ler não significa apenas concatenar letras, formando palavras em uma frase. É necessário que o leitor saiba ler, além do básico da língua, questões de ordem contextual. É preciso relacionar o texto com outras leituras prévias, com a bagagem cultural do leitor. Nesse sentido, embora existam parâmetros que balizam a interpretação de texto, ler é um processo individual.

É importante lembrar, é claro, que isso não significa que cada leitor lê o que bem entender. É muito importante ficar atento aos possíveis significados das palavras, aos elementos do contexto — tais como "quem diz", "para quem se fala", "qual é o grau de intimidade entre os falantes?", "qual é o espaço em que se está conversando?", "em qual época a comunicação ocorre?" etc.

Leia também: Por que ler é importante?

Produção 

Assim como o leitor é fundamental para a existência do texto, a figura do autor também é indispensável. Para produzir um texto, um sujeito articula sua língua — procura escolher as melhores palavras e ordens sintáticas possíveis —, relaciona-se com outras pessoas e diz algo que, para ele, é importante ou necessário.

Esse complexo processo de produção de texto é inerente ao ser humano desde sua origem. Produzimos textos, pois sentimos a extrema necessidade de nos comunicarmos com o mundo. Nesse sentido, é fundamental praticar diversos tipos, porque, assim, será possível aprimorar nossa capacidade de melhorar e ampliar as relações sociais.

Leia também: Coerência textual


Gêneros textuais

É possível perceber que, da imensa quantidade de textos produzidos diariamente, notam-se certas semelhanças entre alguns. Tais semelhanças, que podem ser de diversas ordens, permitem reunir textos em grupos, os quais se chamam gêneros textuais. Alguns gêneros comuns no cotidiano são:

Narrativo:

·         Conto maravilhoso;        ·         Conto de fadas;       ·         Fábula;

·         Lenda;      ·         Narrativa de ficção científica;        ·         Romance;

·         Conto;      ·         Piada;        ·         Etc.

Relato:

·         Relato de viagem;        ·         Diário;            ·         Autobiografia;

·         Curriculum vitae;          ·         Notícia;           ·         Biografia;

·         Relato histórico;           ·         etc.

Argumentativo:

·         Texto de opinião;        ·         Carta de leitor;        ·         Carta de solicitação;

·         Editorial;                     ·         Ensaio;                    ·         Resenhas críticas;

·         etc.

Expositivo:

·         Texto expositivo;        ·         Seminário;                       ·         Conferência;

·         Palestra;                    ·         Entrevista de especialista;

·         Texto explicativo;       ·         Relatório científico;           

·         etc.

Instrucional:

·         Receita;                    ·         Instruções de uso;

·         Regulamento;          ·         Textos prescritivos;

·         etc.

 


quinta-feira, 6 de maio de 2021

TIPOS DE SUJEITO

 

TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO

SUJEITO E PREDICADO

Para que a oração tenha significado, são necessários alguns termos básicos: os termos essenciais. A oração possui dois termos essenciais, o sujeito e o predicado.

Sujeito: termo sobre o qual o restante da oração diz algo.

Por Exemplo:
As praias
estão cada vez mais poluídas.
Sujeito

Predicado: termo que contém o verbo e informa algo sobre o sujeito.

Por Exemplo:
As praias
estão cada vez mais poluídas.
Predicado

Posição do Sujeito na Oração
Dependendo da posição de seus termos, a oração pode estar:
Na Ordem Direta: o sujeito aparece antes do predicado.
Por Exemplo:
As crianças
brincavam despreocupadas.
Sujeito
Predicado
Na Ordem Inversa: o sujeito aparece depois do predicado.
Brincavam despreocupadas
as crianças.
Predicado
Sujeito
Sujeito no Meio do Predicado:
Despreocupadas,
as crianças
brincavam.
Predicado
Sujeito
Predicado
CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO
O sujeito das orações da língua portuguesa pode ser determinado ou indeterminado. Existem ainda as orações sem sujeito.
1 - SUJEITO DETERMINADO: é aquele que se pode identificar com precisão a partir da concordância verbal. Pode ser:
a) Simples
Apresenta apenas um núcleo ligado diretamente ao verbo.
Por Exemplo: 
rua estava deserta.
Observação: não se deve confundir sujeito simples com a noção de singular. Diz-se que o sujeito é simples quando o verbo da oração se refere a apenas um elemento, seja ele um substantivo (singular ou plural), um pronome, um numeral ou uma oração subjetiva.
Por Exemplo:
Os meninos estão gripados.
Todos cantaram durante o passeio.
b) Composto
Apresenta dois ou mais núcleos ligados diretamente ao verbo.
Tênis e natação são ótimos exercícios físicos. 
c) Implícito/Oculto ou desinecial
Ocorre quando o sujeito não está explicitamente representado na oração, mas  pode ser identificado.
Por Exemplo:
Dispensamos todos os funcionários.
Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado, pois está indicado pela desinência verbal -mos.

Observação: o sujeito implícito também é chamado de sujeito elíptico, subentendido ou desinencial. Antigamente era denominado sujeito oculto.
2 - SUJEITO INDETERMINADO: é aquele que, embora existindo, não se pode determinar nem pelo contexto, nem pela terminação do verbo. Na língua portuguesa, há três maneiras diferentes de indeterminar o sujeito de uma oração:
a) Com verbo na 3ª pessoa do plural:
O verbo é colocado na terceira pessoa do plural, sem que se refira a nenhum termo identificado anteriormente (nem em outra oração):
Por Exemplo:
Procuraram você por todos os lugares.
Estão pedindo seu documento na entrada da festa.
b) Com verbo ativo  na 3ª  pessoa do singular, seguido do pronome se:
O verbo vem acompanhado do pronome se, que atua como índice de indeterminação do sujeito. Essa construção ocorre com verbos que não apresentam complemento direto (verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação). O verbo obrigatoriamente fica na terceira pessoa do singular.
Exemplos:
Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo)
Precisa-se 
de técnicos em informática. (Verbo Transitivo Indireto)
No casamento, sempre se fica nervoso. (Verbo de Ligação)
Entendendo a Partícula Se
As construções em que ocorre a partícula se podem apresentar algumas dificuldades quanto à classificação do sujeito.
Veja:
a) Aprovou-se o novo candidato.
                                     Sujeito
    Aprovaram-se os novos candidatos.
                                         Sujeito
b) Precisa-se de professor. (Sujeito Indeterminado)
    Precisa-se de professores. (Sujeito Indeterminado)
No caso a, o se é uma partícula apassivadora e o verbo está na voz passiva sintética, concordando com o sujeito. Observe a transformação das frases para a voz passiva analítica:
O novo candidato foi aprovado.
         Sujeito
Os novos candidatos foram aprovados.
           Sujeito
No caso b, se é índice de indeterminação do sujeito e o verbo está na voz ativa. Nessas construções, o sujeito é indeterminado e o verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular.
c) Com o verbo no infinitivo impessoal:
Por Exemplo:
Era penoso estudar todo aquele conteúdo.
É triste assistir a estas cenas tão trágicas.
Obs.: quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, fazendo referência a elementos explícitos em orações anteriores ou posteriores, o sujeito é determinado.
Por Exemplo:
Felipe e Marcos foram à feira. Compraram muitas verduras.
   Nesse caso, o sujeito de compraram é eles (Felipe e Marcos). Ocorre sujeito oculto.
3 - ORAÇÃO SEM SUJEITO: é formada apenas pelo predicado e articula-se a partir de um verbo impessoal. Observe a estrutura destas orações:
Sujeito
Predicado
-
Havia formigas na casa.
-
Nevou muito este ano em Nova Iorque.
   É possível constatar que essas orações não têm sujeito. Constituem a enunciação pura e absoluta de um fato, através do predicado. O conteúdo verbal não é atribuído a nenhum ser, a mensagem centra-se no processo verbal. Os casos mais comuns de orações sem sujeito da língua portuguesa ocorrem com:
a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza:
Nevar, chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, amanhecer, anoitecer, etc.
Por Exemplo:
Choveu muito no inverno passado.
Amanheceu antes do horário previsto.
Observação: quando usados na forma figurada, esses verbos podem ter sujeito determinado.
Por Exemplo:
Choviam crianças na distribuição de brindes. (crianças=sujeito)
Já amanheci cansado. (eu=sujeito)
b) Verbos serestarfazer e haver, quando usados para indicar uma ideia de tempo ou fenômenos meteorológicos:
Ser:
É noite. (Período do dia)
Eram duas horas da manhã. (Hora)
Obs.:  ao indicar tempo, o verbo ser varia de acordo com a expressão numérica que o acompanha. (É uma hora/ São nove horas)
Hoje é (ou são) 15 de março. (Data)
Obs.: ao indicar data, o verbo ser poderá ficar no singular, subentendendo-se a palavra dia, ou então irá para o plural, concordando com o número de dias.
Estar:
Está tarde. (Tempo)
Está muito quente.(Temperatura)
Fazer:
Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido)
Fez 39° C ontem. (Temperatura)
Haver:
Não a vejo  anos. (Tempo decorrido)
Havia muitos alunos naquela aula. (Verbo Haver significando existir)

Atenção:
Com exceção do verbo ser, os verbos impessoais devem ser usados SEMPRE NA TERCEIRA PESSOA DO SINGULAR. Devemos ter cuidado com os verbos fazer e haver usados impessoalmente: não é possível usá-los no plural.
Por Exemplo:
Faz muitos anos que nos conhecemos.
Deve fazer dias quentes na Bahia.
Veja outros exemplos:
Há muitas pessoas interessadas na reunião.
Houve muitas pessoas interessadas na reunião.
Havia muitas pessoas interessadas na reunião.
Haverá muitas pessoas interessadas na reunião.
Deve ter havido muitas pessoas interessadas na reunião.
Pode ter havido muitas pessoas interessadas na reunião.


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